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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Reflexões

Estar aqui e ler a última postagem que fiz, não sei se o que me vem é sentimento de alívio por ainda estar aqui ou tristeza por ainda estar aqui.

Estou no meio de uma decisão difícil; qualquer caminho será difícil.

O perdão é realmente algo difícil quando estamos verdadeiramente magoados.

Perdoar é abrir mão do que se está sentindo, na esperança de que algo melhor virá.

É preciso se convencer de que aquela resposta emocional de se agarrar à mágoa toda vez que a memória é provocada não vai te levar a lugares de paz.

É difícil, pois tudo isso funciona no automático, e perdoar é um esforço ativo e consciente. E, como toda ação, exige energia — uma energia difícil de reunir quando já estamos cansados de tanto sofrer.

Estou exausta; está difícil pensar com clareza, está difícil decidir com muita certeza.

Acredito fortemente que hoje sou mais forte do que a pessoa que escreveu o último texto, mas também sinto que sou muito mais cansada e com o estoque de tolerância reduzido.

Me sinto, de certa forma, embotada, como se não tivesse sentimentos, ou se os tivesse tão bem arquivados na estante que não me atrevo a ir mexer neles.

Às vezes choro copiosamente; às vezes me sinto impassível diante dos acontecimentos.

E eu não sei dizer se isso é maturidade e autocontrole, ou somente um distanciamento tóxico e covarde de pura autopreservação.

Como elencar as necessidades que você quer que sejam satisfeitas com as necessidades que você mesmo precisa satisfazer? Ninguém é autossuficiente, não se vive em uma ilha, mas existem limites a serem definidos.

Essa vida tão autorreflexiva, tão autodelimita, é a primeira vez que estou me vendo praticamente obrigada a encarar. Não sei nem por onde começo. Um tempo atrás, achava que a vida era um fluxo constante e que tudo se encaixaria em determinado momento. Hoje, me vejo procurando as peças, no ambiente mal iluminado, para montar um cenário e descobrir que porra está acontecendo.

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domingo, 31 de dezembro de 2023

31 Dezembro 2023

Último dia do ano e eu estou miseravelmente triste.

Poderia por a culpa no ciclo menstrual, com certeza, mas seria mentira, ou pelo menos meia verdade, sei que essa tristeza me acompanha faz um tempo, a  questão é que hoje estou me sentindo miserável.

Estou realmente empenhada em colocar os pensamentos em ordem e entender o que se passa dentro de mim. 

Uma coisa que conclui é que não confio nesse meu próprio julgamento, por vezes ouvi discursos que amenizavam minha situação e agora sempre tem a dúvida se não estou exagerando. 

A verdade é que me sinto sozinha. Atravessei um ano lutando minhas lutas sozinha. Olhando para trás, preciso reconhecer que consegui bons resultados, embora minha mente sempre me julgue e me cobre mais. 

A questão maior é o sentimento de solidão.

Eu não quero que o mundo pare por mim, eu sei que estão todos afundados em seus próprios problemas. O que eu gostaria é que as pessoas que dizem que me amam, o que não enche os dedos de uma mão, parassem por mim, ou percebessem que eu fiquei pra trás. 

Essa ajuda praticamente não vem, e eu gostaria de parar de pensar e sentir sobre algo que não vai acontecer.

Eu não suporto mais o meu olhar triste nas fotos.

Uma angústia que não passa.

Tem algo pra ser resolvido que eu não consigo resolver.

Hoje eu estou miseravelmente triste.




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sexta-feira, 7 de abril de 2023

Pq vc não escreve crônicas?

Me falaram para fazer umas crônicas, confesso que a preguiça disse que não ia rolar. 

Eu sou melhor gravando áudios, sem contar que escrever precisa de todo um cuidado com o português, e sabemos que português não é muito fácil.

Então eu lembrei, que uma Rani de eras atrás, mais nova, mais inocente e mais pisciana, tinha um blog, e era relativamente boa nisso.

Eu instalei o app, e minutos depois, tô aqui preenchendo uma postagem nova, fingindo que não fazem anos que não entro aqui.

Eu repassei alguns posts, não consigo ler todos, vergonha, nesse caso nem é alheia.

Muitos dramas de uma vida de quem nunca foi solteira.

A minha vida mudou muito, acho que Deus disse, vou dar um assunto sério pra essa garota, chega de se ocupar com garotos.

Não sou mais garota, nem me relaciono com um garoto.

Somos dois adultos aproveitando a vida desesperadamente da melhor forma que dá, após termos entendido que é só isso que nos resta.

Sobre a questão realmente séria que Deus me deu, se ficou com curiosidade, no momento só quero dizer que eu amo mais que tudo nesse mundo. 

Eu falo Deus só pra simplificar, mas pode ser o destino, o carma, o universo, a genética, o roteirista da vida (particularmente gosto dessa)

Um dia eu faço uma crônica sobre, no momento basta essa, e por favor, não leia os posts anteriores

Rani



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