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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Invadida - 1º Parte


Pensou por um instante e teve certeza, era sexo.

Num movimento repentino, sentou-se na cama e piscou os olhos freneticamente para melhor enxergar. Uma pontada de dor de cabeça se anunciou no fundo de sua mente, o estômago se moveu estranhamente e concluiu estava de ressaca. Sua memória estava lenta, olhou para o lado pra focalizar o que já sabia, seu namorado estava ali, ao lado, nu, e foi ele que a acordará tão delicadamente.

Resolveu não reclamar do ato, estavam os dois bêbados e ela já o conhecia a tempo suficiente pra saber que quando bebia ficava mais tarado que o de costume, mas dessa vez ele havia a assustado.

Puxou o lençol para se cobrir, reparou que estava sem o jeans, apenas de meias, tentava lembrar como havia ido parar no quarto do namorado, lembrava que haviam indo ao um barzinho, nesse momento uma pergunta invadiu sua mente e antes que pudesse terminar de pensar a pergunta saiu pelos lábios.

- Que horas são ?

O namorado ainda em estado de alerta, respondeu com um hálito de cerveja.

- Umas três e meia da madruga. E acrescentou. - Volta aqui, estavamos indo bem

Ela pensou rápido e disse.

- Preciso ir ao banheiro

Levantou puxando o lençol e foi enrolada nele andando até o banheiro

Entrou no banheiro, trancou a porta, pendurou o lençol onde deveriam ser penduradas as toalhas, levantou a tampa do vaso e sentou-se, apoiou o cotovelo no joelho e a cabeça na mão, deu um suspiro cansado e profundo, detestava ser acordada e invadida ou seria invadida e acordada, não que não gostasse de sexo ou do namorado, mas estava dormindo poxa, depois iria conversar sobre isso, seus pensamentos ainda estão devagar, se fosse um computador estaria com a barrinha de carregando.

Usou o papel e levantou-se, parou de frente a pia, abriu a torneira e molhou o rosto e o pescoço, enfiou as mãos pelos cabelos e se olhou no espelho, pela primeira vez desde que acordará estava vendo normalmente, se olhou atentamente, haviam olheiras, espinhas e cabelos desgrenhados.

Era madrugada de um domingo, estava na casa do namorado, havia voltado da balada e ia rolar uma transa se não tivesse se assustado daquele jeito, estavam juntos a 9 meses, os amigos brincavam dizendo que iria nascer, nascer não sei o que, ela pensava.

Gostava dele e do tempo que passavam juntos, mas ás vezes, como naquela noite, parecia que ele sentia uma enorme conveniência de te-lá como namorada e só, afinal apesar do estado em que estava (olheiras e espinhas) ela era bonita e fazia o tipo legal e sociável, mas não era somente isso que ela queria, queria que ele a amasse e não tivesse aquele tipo de atitude, mesmo com a desculpa de estar bêbado.

Então, em menos de um instante a dúvida se instalou:

- Será que ele me ama?

E como a dúvida nunca vem sozinha, outros questionamentos se instalaram:

- O que será que ele sente por mim?
- Será que sou especial?

Ouviu uma batida na porta, era ele perguntado se estava tudo bem, despertou de suas dúvidas e olhou para a porta como se pude-se vê-lo através dela.

Continua....

Por Ranielelee
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