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terça-feira, 26 de julho de 2011

No Silêncio da Madrugada

Estou aqui, tão completamente aqui.
O mundo está calado.
Silêncio.

O pensamento voa
Sem rumo
Sem destino
Perguntando para onde deve ir
Perguntando como chegar lá

Ás vezes a tristeza da noite se apodera e tudo fica sem sentido e cinza

O vazio imenso da madrugada
A sensação boba que todos dormem
Tudo tão quieto que se pode ouvir o que está dentro de você
E então vem o medo de conseguir escutar
Mas o que pode existir dentro de mim além do medo?

Enterrei tantas coisas para conseguir que outras floresçam
Mas será que enterrei fundo o suficiente?
Será que o suficiente é possível?
Será que já me enterraram?

Na madrugada essas perguntas exigem respostas
Mesmo que não queira responder
Meu silêncio teima em falar

Sinto um vazio de madrugada
Uma chatice a cutucar

Uma vontade de saber algo que nunca vou poder saber
Do meu futuro
Do meu passado
e do meu presente

Desejando respostas que não estão dentro de mim, mas em outros

Na madrugada desejo ler mentes, acompanhar sonhos e ouvir corações

Para assim obter verdades e saber desejos

Somente nesse silêncio noturno essas vontades me atacam e torturam

No silêncio da madrugada encontro comigo mesma e sinto que não estou preparada pra isso
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